Fizemos uma viagem no tempo com destino ao século XVI para encontrar uma das grandes personalidades da época: Eleonora di Toledo, duquesa de Florença. E tivemos a oportunidade de conhecer o Palazzo Vecchio Florença, o palácio da duquesa Eleonora. Saiba mais aqui.
Índice
A duquesa Eleonora
Para celebrar os 500 anos do nascimento de Eleonora di Toledo (em português Leonor de Toledo) o Muse organizou uma série de eventos em Florença. E lá fui eu com as minhas duas filhas e marido participar do Invito alla Reggia: al cospetto della Duchessa Eleonora.
Nosso passeio começou com uma visita guiada interna do Palazzo Vecchio, uma das principais atrações de Florença.
Este edifício histórico foi a segunda residência da duquesa Eleonora em Florença.

Após uma breve introdução sobre o período histórico que iríamos visitar, passando pelas principais salas do palácio, incluindo o imponente Salone dei Cinquecento, entramos em uma ala secreta para encontrar a duquesa Eleonora em pessoa, que nos contou sobre como era a vida no seu tempo.
Uma experiência muito interessante para as meninas que puderam ver como era a vida de uma mulher nobre no século XVI.

Fizemos uma espécie de brincadeira onde éramos viajantes vindos de uma terra distante, curiosos de ser recebidos pela duquesa e saber como funcionavam as coisas no seu reino.
Reserve seu tour no Palazzo Vecchio através do Get Your Guide
Palazzo Vecchio Florença
Há mais de sete séculos o Palazzo della Signoria, mais conhecido como Palazzo Vecchio, é o símbolo do poder civil da cidade de Florença.
O palácio foi construído entre o final do século XIII e o início do XIV para receber os Priori delle Arti e Gonfaloniere di Giustizia, o órgão supremo de governo de Florença. Com o passar do tempo o edifício passou por diversas reformas e ampliações.
O aspecto atual se deve as grandiosas obras de restauração e decoração interna realizadas no século XVI para transformá-lo na residência dos duques de Florença. As obras foram realizadas a pedidos de Cosimo I de’ Medici.
Depois que a corte dos Medici se transferiu o Palazzo Pitti, o Palazzo Vecchio Florença continuou a ser sede diversos órgãos do governo até que em 1871 se transforma na sede do Comune di Firenze.
Reserve sua visita ao Palazzo Vecchio
Se você quer visitar o Palazzo Vecchio saiba que é possível entrar no hall do térreo gratuitamente.
Mas a visita fica incompleta se você não entrar, admirar ao vivo toda a imponência do Salone dei Cinquecento, a Sala dell’Udienza, quem sabe até subir na Torre di Arnolfo (nem sempre disponível, lugares limitadíssimos e reserva à parte, veja aqui como visitá-lo).
Ingressos Palazzo Vecchio
Os ingressos para o Palazzo Vecchio custam Euro 12,50 para adultos. Jovens de 18-25 anos e estudantes universitários pagam Euro 10,00. Menores de 18 anos entram gratuitamente. Essas tarifas são válidas para pagamento na hora no local.
Os ingressos para a Torre di Arnolfo custam Euro 12,50 para adultos. Jovens de 18-25 anos e estudantes universitários pagam Euro 10,00. Menores de 18 anos entram gratuitamente. Essas tarifas são válidas para pagamento na hora no local.
Para reserva online no site oficial é previsto um adicional de reserva de Euro 1,00 com tarifa não reembolsável.
Observação: é claro que as visitas comuns não incluem uma conversa com a “duquesa Eleonora”. O nosso encontro foi um extra, realizado em uma ocasião especial.
Se você preferir pode reservar uma visita guiada particular no Palazzo Vecchio através da Get Your Guide
Horário de abertura do Palazzo Vecchio
O Museu do Palazzo Vecchio abre:
- das 09:00 às 19:00 às segundas, terças, quartas, sextas, sábados e domingos
das 09:00 às 14:00 às quintas
A Torre di Arnolfo abre:
- das 09:00 às 17:00 às segundas, terças, quartas, sextas, sábados e domingos
- das 09:00 às 14:00 às quintas
ATENÇÃO: em caso de chuva a Torre pode ser fechada ao público, será possível acessar a área “Camminamento di ronda mediovale”.
A venda de ingressos termina 1 hora antes do horário de fechamento.
Não abre no dia 25 de dezembro.
Para mais detalhes ver site oficial
A vida de uma duquesa no século XVI
Como vivia uma duquesa no século XVI na Italia?

Um dos primeiros impactos foi em relação as roupas. Eleonora achou estranho mulheres vestirem “culotes” (calças). Contou que em Florença existiam regras detalhadas sobre como as pessoas deveriam se vestir. Explicou que roupas vermelhas eram usadas apenas em ocasiões especiais e solenes. Não era possível usar essa cor no dia-a-dia.
Disse que no seu tempo as mulheres deveriam usar vestidos compridos que dessem uma bela forma ao corpo e a postura. E que as roupas das mulheres eram totalmente diferentes das roupas dos homens (praticamente todas as mulheres, homens e crianças do nosso grupo estavam usando calças e malhas, o que ela achou esquisitíssimo!).
Eleonora di Toledo nos contou também sobre o seu casamento. Disse que teve sorte de se casar aos 17 anos com Cosimo I, que era apenas 2-3 anos mais velho que ela. Disse que era normal mulheres se casarem com homens muito mais velhos, até com o dobro da idade. Naquela época os casamentos eram combinados pelos pais, para que pudessem manter o poder e riqueza dos reinos e governos.
Inclusive perguntou ao meu marido se já tínhamos escolhido o futuro esposo para a nossa filha, Gaia, que está prestes a fazer 10 anos. Disse que já deveríamos começar a pensar no assunto porque na sua cultura as mulheres devem se casar antes dos 20 anos.
O casamento da Duquesa Eleonora, por exemplo, foi realizado por procuração. Ela morava em Nápoles, em um castelo próximo ao mar. Embarcou em Nápoles até Livorno e só no caminho para Florença encontrou seu marido, Cosimo I de’ Medici.
Aliás, você sabia que o último imperador do Brasil se casou com uma italiana e eles só se viram pessoalmente pela primeira vez alguns meses após o casamento? Isso aconteceu no século XIX, para saber outras curiosidades sobre o último imperador do Brasil leia aqui.

Eleonora contou que naquela época a língua mais importante era o espanhol. Aliás Eleonora era filha de Pedro Álvares de Toledo, vice-rei espanhol de Nápoles, comandada por Carlos V. Era, portanto, considerada “estrangeira” pelos florentinos.
Cosimo, havia tomado recentemente o poder de Florença e não tinha vínculos políticos nem fundos econômicos. O marido muito se beneficiou da posição alcançada com seu casamento: de repente ele se viu na posse de um imenso patrimônio e do parentesco do governador do sul da Itália (D. Pedro era tão confiável como vice-rei que obteve a renovação de seu cargo até sua morte em 1553).
A festa de casamento de Eleonora e Cosimo I de’ Medici aconteceu no primeiro palácio dos Medici em Florença na “Via Larga”, o Palazzo Medici Riccardi, que foi a primeira residência do casal. Mas por pouco tempo porque logo depois se transferiram para o Palazzo Vecchio.

Ela gostava do Palazzo Vecchio, tinha várias comodidades: no segundo andar ficavam os seus apartamentos e até a sua capela privada. Mas faltava um jardim, uma área com espaços abertos. Assim, ela convenceu Cosimo I a construir um novo palácio com um grande jardim. E assim surgiu o Palazzo Pitti.
Outra curiosidade interessante que ela nos contou é que não costumavam tomar banho com frequência porque acreditavam que lavar a pele fazia mal a saúde e eles deveriam usar sempre roupas que cobrissem bem o corpo para evitar picadas de insetos.
No total Eleonora teve 11 filhos. Não teve oportunidade de nos contar, mas ficamos sabendo depois, que morreu aos 40 anos de malária.
Era tão fantástico assim ser duquesa no século XVI?
Hoje em dia muitas meninas sonham com vida de princesa e rainha, como nos contos de fada da Disney. Mas será que era tão fantástico assim ser duquesa no período do Renascimento?
Saímos de lá refletindo sobre como era a vida no século XVI.
Embora os vestidos fossem maravilhosos, hoje uma pessoa comum tem uma qualidade de vida muito melhor do que uma nobre de 500 anos atrás.
A começar pelo ponto de vista da saúde: imagine viver em um tempo onde não existiam medicamentos adequados para curar doenças que hoje são consideradas banais e simples de curar?
E as condições das mulheres: naquela época as mulheres podiam simplesmente aceitar o que lhes era imposto, eram obrigadas ao casamento com desconhecidos, deviam tolerar maridos que frequentavam outras mulheres.
Saber ler e escrever era coisa rara, para poucos. Não existiam escolas, como conhecemos hoje.
As pessoas morriam muito cedo e os ricos e poderosos do século XVI tinham muito menos conforto do que um cidadão comum europeu tem hoje.
Leia também: a cidade na Toscana onde nasceu Leonardo da Vinci
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