Amazônia de Sebastião Salgado – Até 28 de janeiro de 2024, a Fabbrica del Vapore, em Milão, se transforma em um portal para o coração pulsante da Amazônia, através da lente magistral do fotógrafo Sebastião Salgado, sob a curadoria e cenografia meticulosamente trabalhada por sua esposa e parceira de longa data, Lélia Wanick Salgado.
Índice
A Exposição “Amazônia de Sebastião Salgado” em Milão
Com mais de 200 fotografias em exibição, o público pode esperar ser transportado para um mundo de vegetação exuberante, rios majestosos, montanhas grandiosas e as almas vibrantes que habitam a região amazônica.
Sebastião Salgado nos conduz por uma viagem visual dividida em duas narrativas interligadas: paisagens amazônicas e retratos das populações indígenas que chamam a floresta tropical de casa.
A seção de paisagens mergulha nos cenários mais icônicos da Amazônia, das cachoeiras estrondosas aos “rios voadores” formados pela evapotranspiração da floresta, criando um espetáculo meteorológico único no mundo. As fotografias aéreas e panorâmicas apresentam a monumentalidade da floresta, enquanto revelam as nuances mais delicadas, como o fenômeno das Anavilhanas, um labirinto de ilhas no Rio Negro.

A segunda narrativa é centrada nos habitantes originários da Amazônia. Três “ocas” – tradicionais habitações indígenas – servem como o núcleo dessa seção, abrigando 100 fotografias retratando doze diferentes grupos étnicos indígenas, junto a entrevistas em vídeo com seus líderes, oferecendo uma visão íntima e poderosa da vida, cultura e sabedoria ancestral dessas comunidades.

Essa jornada visual é acentuada por uma trilha sonora imersiva criada pelo renomado músico francês Jean-Michel Jarre. Ao passear pela exposição, os visitantes serão envolvidos pelos sons autênticos da floresta amazônica, capturados e harmonizados em uma sinfonia da natureza, ressoando em perfeita harmonia com as imagens poderosas de Salgado.
Nas palavras de Salgado, esta exposição busca ser “uma testemunha do que permanece” e um clamor para a proteção e preservação da Amazônia e suas populações indígenas. É uma celebração da beleza, diversidade e riqueza ecológica da região, e ao mesmo tempo, um lembrete urgente das ameaças iminentes que pairam sobre ela.
Com Lélia Wanick Salgado à frente da curadoria e cenografia, a mostra é mais do que uma exposição fotográfica; é uma experiência sensorial e educativa, convidando os visitantes a se engajarem com as questões urgentes de conservação e direitos indígenas que estão no centro da obra de Salgado.
A iniciativa é fruto de uma colaboração robusta entre o Comune di Milano/Cultura, Fabbrica del Vapore e Contrasto, juntamente com Civita Mostre e Musei e General Service Security, sendo Zurich o parceiro global do tour internacional da mostra. O evento conta ainda com o apoio de Urban Vision, La Rinascente, Neutralia e ATM como patrocinador técnico.
Ingressos para a mostra Amazônia
Abaixo você encontra as informações para comprar seus ingressos online através do revendedor oficial da mostra Amazônia de Sebastião Salgado.
Categoria | Tarifa | Ingressos Online |
---|---|---|
Adultos | Euro 14,00 | comprar aqui |
Reduzido Maiores de 65 anos | Euro 12,00 | comprar aqui |
Reduzido Especial – Estudantes 6-19 anos | Euro 10,00 | comprar aqui |
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Horário de abertura da exibição Amazônia de Sebastião Salgado
A mostra abre diariamente, o horário de abertura varia com o dia da semana:
- Segundas, terças e quartas: das 10:00 às 20:00
- quintas, sextas, sábados e domingos: das 10:00 às 22:00
Entrada permitida até 1 hora antes do horário de fechamento.
Como chegar a exibição Amazônia de Sebastião Salgado
A exibição Amazônia de Sebastião Salgado acontece na Fabbrica del Vapore em Milão, que fica na Via Giulio Cesare Procaccini, 4.
Para quem vai de metrô a parada mais próxima é da M5 Monumentale (400 metros de distância) ou Cenisio (450 metros de distância).
Quem é Sebastião Salgado

Nascido no ano de 1944 em Minas Gerais, Brasil, Sebastião Salgado construiu uma carreira fotográfica sem precedentes. O renomado fotógrafo deu os primeiros passos de sua trajetória profissional em 1973 em Paris, colaborando com agências fotográficas até 1994, quando ao lado de Lélia Wanick Salgado, sua parceira tanto na vida como na profissão, fundou a agência Amazonas images, um espaço dedicado exclusivamente a seus trabalhos que, posteriormente, veio a se tornar o Studio Sebastião Salgado.
Com a câmera em mãos, Salgado explorou mais de 100 países, capturando imagens que narram a humanidade e a natureza, um trabalho que foi consolidado em diversas publicações significativas e aclamadas. Seus livros contêm séries fotográficas de tirar o fôlego, que vão desde a representação crua e autêntica de trabalhadores em “Workers” (1993) até a ode visual à mãe natureza em “Genesis” (2013).
Lélia Wanick Salgado desempenhou um papel crucial na criação, no design e na curadoria da maioria das publicações e exposições itinerantes que trouxeram as obras de Salgado para o grande público, estabelecendo um palco global para a apreciação do trabalho profundamente humano e terreno do fotógrafo.
A jornada e a visão de Salgado foram tão impactantes que transcenderam o mundo da fotografia. Isso é evidente no documentário “Il Sale della Terra” (O Sal da Terra), de 2014, dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, um filme que não apenas desvendou a jornada fotográfica de Salgado, mas também ganhou reconhecimentos notáveis, incluindo um prêmio no Festival de Cannes e um César para melhor documentário.
Reconhecimentos internacionais
O papel de Salgado como um mensageiro da humanidade e da natureza não passou despercebido no cenário internacional. Ele foi honrado com a posição de Embaixador da Boa Vontade da UNICEF e recebeu uma série de prêmios e honrarias, incluindo o prestigioso Premio Príncipe de Asturias para as Artes na Espanha e a Medaglia della Presidenza della Repubblica Italiana na Itália.
Em 2016, Salgado foi aceito na Académie des Beaux-Arts do Institut de France e honrado como Chevalier de la Légion d’Honneur pela França, uma série de honrarias que continuou nos anos subsequentes, culminando com o recebimento do Praemium Imperiale Award da Japan Art Association em 2021, muitas vezes referido como o “Nobel das Artes”.
O Projeto Instituto Terra
No final dos anos 90, Sebastião e Lélia embarcaram em uma jornada restaurativa, dedicando-se à revitalização da Floresta Atlântica na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. O casal transformou uma parcela da terra em uma reserva natural protegida e fundou o Instituto Terra, um testemunho de sua dedicação à conservação ambiental e educação.
Com esforços incessantes, o Instituto Terra conseguiu cultivar uma floresta rica em biodiversidade, acolhendo centenas de espécies de flora e fauna típicas da região da Mata Atlântica. Desde 2010, através do programa Olhos d’Água, o instituto tem se dedicado à recuperação e conservação das fontes de água da bacia do Rio Doce, protegendo este recurso vital para as futuras gerações.
Sebastião Salgado não é apenas um fotógrafo; ele é um humanitário, um conservacionista e um verdadeiro guardião do nosso planeta, cujo trabalho e legado continuarão a inspirar e a educar muitos nos anos vindouros.
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