Uma viagem para Roma é sempre uma boa idéia: a cidade é linda, cheia de atrações e atividades interessantes e vale a pena visitá-la uma, duas, cem vezes. Obviamente, quando você viaja com bebê um pouco de planejamento é sempre bem vindo, para evitar aqueles pequenas situações desagradáveis, que podem gerar um stress desnecessário.
Quando minha primogênita ainda era uma bebê de 6 meses fiz uma deliciosa viagem de família para Roma oferecida pela Hostelbookers no período de 13 e 16 de fevereiro de 2013. A nossa idéia era passar o dia dos namorados italiano (Dia de San Valentino) em um lugar especial e não muito longe de Florença.
Embora ela tivesse apenas 6 meses de vida, já tinha feito outras viagens: Veneza, Milão, Budapeste… sem falar nos passeios que costumamos fazer em Florença. Ou seja: esta viagem a Roma parecia ser moleza. No entanto foi uma das mais cansativas por uma simples desorganização nossa.
Transporte público em Roma com bebê
Pegar ônibus e metrô em Roma com bebê não é a coisa mais simples do mundo: pelo menos para quem decidiu optar por transportar o bebê com carrinho.
A maioria das estações de metrô de Roma não possui ainda elevador e isso significa que você terá que enfrentar muitas escadas. Se der sorte, pode ser que encontre uma escada rolante e de alguma forma equilibre o carrinho e o bebê nela. Senão, vai ter que ser no braço mesmo.
Espero que a situação mude em breve: alguns cartazes que encontramos pelo caminho diziam que estão trabalhando para eliminar as barreiras arquitetônicas das estações: os usuários de cadeira de rodas e pais com carrinhos de bebê agradecem. No entanto, sabe como é, pode ser que seja necessário ainda esperar mais uns 10 anos até que tudo esteja pronto e funcionando direitinho…
No inverno a coisa fica ainda mais desagradável porque na rua está o maior frio. Aí você, todo agasalhado, começa a descer as escadarias carregando o carrinho, o bebê e a bolsa do bebê. Bastaria esta “pequena” atividade física para fazer você suar em bicas, mas se não bastasse dentro do trem a temperatura é alta, não sei se graças ao aquecimento ou a grande quantidade de pessoas. O resultado é que você vai acabar todo suado até sair na rua outra vez e pegar aquele vento frio na cara. Só digo uma coisa: eu voltei dessa viagem completamente gripada!
Ah, não só você vai sofrer com esse choque térmico como seu bebê também: para sair na rua obviamente você cobriu o bebê de casacos e lá dentro do metrô ele vai começar a suar e ficar inquieto. O tira e põe casaco nem sempre é rápido ou simples. Antes de optar pelo metrô, pense nisso.
Nos ônibus a coisa é um pouco mais fácil: em geral a dificuldade está apenas em subir o degrau para entrar no ônibus. Uma vez ali dentro, existe um espaço para cadeiras de rodas onde você pode deixar o carrinho de bebê. Melhor evitar as horas de pico para não pegar ônibus muito cheio.
A boa notícia é que os romanos são pessoas formidáveis e todo mundo se oferecia para dar uma mão e nos ajudar. Além disso, parece que todo mundo em Roma adora bebês e vinham brincar e puxar papo com a gente. Se por acaso você é uma mãe viajando sozinha com bebê, pode ter certeza que encontrará uma outra mãe que te ajudará a subir e descer escadas. Só isso, já é um grande conforto.
A melhor opção para se locomover em Roma com bebês é a pé. Encontre acomodação em uma área central da cidade e organize itinerários a pé: assim os deslocamentos se transformam em deliciosos passeios e você evita choques térmicos: seja para você, como para o bebê. E se acontecer das suas energias terminarem antes do percurso de volta ao hotel, existe sempre a possibilidade de pegar um táxi. Para um corrida breve, você vai gastar uns 10-15 euros, um investimento mais do que aceitável para uma viagem tranquila.
Não recomendo ir ao centro de Roma de carro: os estacionamentos no centro são caros, no centro existem muitas áreas onde não é permitido circular com carros (exceto para os motoristas particulares NCC e táxis) e se você não conhece os cartazes e regras romanas, pode levar uma bela multa.
Os monumentos históricos e museus com bebês
Os museus e atrações históricas são um outro capítulo a parte. Muitos se encontram em edifícios antigos, com pavimento irregular e escadarias e por isso proibem o uso de carrinho de bebê. Outros dão acesso com rampas e elevador a apenas a algumas áreas. Como fazer? Ficar duas horas passeando dentro de um museu com um bebê nos braços pode ser muito cansativo.
Minha sugestão é que você leve uma faixa porta bebês (sling) para as visitas a museus e lugares históricos. Assim você sentirá menos o peso do bebê e estará mais livre e tranquila para apreciar as coisas interessantes. Em Veneza ela foi perfeita, mas acabei esquecendo de colocá-la na mala desta vez. Para quem não conhece, abaixo tem um vídeo que mostra o que é a tal faixa porta bebês e como usá-la (de acordo com os meses do bebê). E aproveito para compartilhar a dica da Tatiane: “leve mochila invés de uma bolsa de ombro”!
A escolha da acomodação
Não menos importante é a escolha do lugar onde você vai se hospedar: não importa se um hostel, um apartamento alugado ou um hotel. Melhor optar por aqueles que não possuem degraus. Pode parecer uma bobagem, mas subir aqueles poucos degraus com o carrinho do bebê no final de um dia quando você está exausto, vai parecer o final do mundo. Basta enviar um e-mail ou ler a opinião de outros usuários antes de efetuar a reserva: assim você se certifica que o local escolhido é perfeito para você e o seu bebê.
O ideal é também optar um uma boa localização, não muito distante das principais atrações da cidade.
Você já viajou com bebê?
Se você já viajou com bebê, compartilhe suas histórias e conselhos. Afinal, a gente vai vivendo e aprendendo… 🙂
Atualmente minhas filhas já cresceram um pouquinho e não são mais bebês e já voltamos a Roma diversas vezes. Amamos a cidade!
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*Esta viagem a Roma foi oferecida pela Hostelbookers Brasil, que patrocinou os custos da viagem, mas não teve nenhuma influência no nosso roteiro ou no conteúdo editorial deste artigo.
O Hostelbookers oferece a melhor seleção de acomodação barata solucionando os seus problemas e correspondendo as suas expectativas.
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Olá Naldo,
Não, nos táxis e serviços de transporte público não são previstas cadeirinhas/bebe conforto.
Eventualmente se você desejar ao reservar um transfer com antecedência pode solicitar a cadeirinha por um valor adicional.
e nos taxis eles possuam cadeirinha ou bebe conforto?
Oi Tatiane,
Obrigada por compartilhar a sua dica: coloquei inclusive no texto do artigo!
Realmente mães e pais vivem com dor nas costas com essas bolsas de um lado só, que por sinal são bastante pesadas com todas as coisas que a gente tem que levar, né?
Abs
Barbara
Olá! Viajamos para o Chile quando minha filha tinha 1 ano e 3 meses. Levei apenas a faixa (sling) e foi a melhor coisa! Ela adorou e foi super prático. Acrescentaria às suas dicas: utilizar mochila para as coisas da criança ao invés de uma bolsa de ombro. É muito mais confortável e diminui o peso durante os passeios. Beijo!
[…] justamente aproveitar para passear enquanto ela dormia. Falei um pouco sobre isso neste artigo: viagem a Roma com bebês. O ideal é que você se informe antes se é possível passear no museu com carrinho e se não for […]
Olá, adorei as dicas!
Estou pensando em ir pra Roma agora em agosto com a minha bb de 7 meses, mas a dúvida está no tal carrinho de bb….
Apesar das estações de metro dificultarem o acesso, será q a locomoção nas ruas é viável? Estou com receio das calçadas de paralelepípedo.
E vc tem dica de qual é a melhor região para escolher o hotel de maneira a facilitar a locomoção com a bb?
Essa será minha primeira viagem com minha pequena…. Muito receio…
Oi Katia, tudo bem?
Não sei exatamente como funciona com uma criança de 5 anos no carrinho, mas visto que ele já fica em pé, imagino que você terá a alternativa de pedir que ele se levante para subir ou descer as escadas e aí fica mais fácil carregar o carrinho nesse pequeno trajeto em Roma e em Veneza.
Veneza é cheia de canais e cada canal tem uma ponte, que em geral tem uns 5 degraus no início e no fim. Quando eu fui, não levei carrinho, optei pela faixa porta bebe, mas a Gaia ainda era pequenininha, tinha uns 4 meses. Eu vi lá alguns pais que caminhavam com uma espécie de mochila com o filho já grandinho nas costas e eles disseram que era uma boa alternativa. Obviamente, haja pratica antes de ir, ou o seu marido vai ficar com as costas destruídas se decidir usar isso lá pela primeira vez. Afinal, vocês já vão caminhar provavelmente bem mais do que estão acostumados no Brasil.
Em Florença eu ando bem com o carrinho e minha filha – que agora tem 11 meses. Os estacionamentos do centro possuem elevador, a cidade é bem plana. Às vezes os prédios antigos residenciais / b&B do centro histórico tem aqueles elevadores estreitinhos que acabem no máximo 3-4 pessoas, mas em geral o carrinho entra.
Para comprar coisas para crianças, eu gosto bastante da Ideal Bimbo, às vezes as coisas lá são uns 5-10 euros a mais do que na internet ou em outras lojas, mas eles tem uma variedade de produtos bem grande e você resolve tudo lá. A minha favorita é aquela de Calenzano (próxima a Florença, em uma cidadezinha nos arredores), mas também existe uma filial em Florença na Via Ariosto, na área de S. Frediano
Outras lojas são a Prenatal (que existia no centro histórico, mas a última vez que estive lá estavam liquidando tudo para fechar a filial).
E também a Io Bimbo
Ou então você pode pesquisar online, mas isso depende da quantidade de dias que você vai ficar em cada cidade. Se for pouco tempo, não vale a pena porque tem o risco que o correio atrase, especialmente nos meses de julho, agosto e dezembro, período de férias e época de final de ano/natal. De qualquer modo, dê uma olhadinha aqui: https://www.brasilnaitalia.net/2012/02/lojas-de-bebe-na-italia-online.html
Bem, qualquer dúvida a mais é só perguntar.
Um abraço e boa viagem!
Barbara
Vou com meu filho de 5 anos pra ítalia…ele êh grandinho mas cansa de caminhar!!! Pelo que li ..em roma fica mais difícil usar carrinho ( uso o tipo guarda chuva quando viajo) mas em florenca e veneza vale a pena? Onde encontro este tipo de carrinho pra comprar em florenca??
Obrigada.
Em agosto as coisas devem ser mais faceis porque o choque térmico é menor. Agora a diferença era de zero grau nas ruas e 20 dentro das lojas, metro, etc. Em agosto as lojas tem ar condicionado para contrastar os 40 graus das ruas, mas nao eh tao grande a diferença.
Obrigada pelas dicas…
Vou em agosto com meu filho para Italia e na época ele estará com 1 ano e meio.
Vou procurar as opções de carrinho guarda chuva.
Abs
@Dani
Olha, eu admito que no início me confundia um pouco com essa faixa, mas depois que a gente aprende o procedimento automaticamente fica tudo mais fácil. A verdade é que os recém nascidos adoram. Quando minha filha tinha pouco menos de 3 meses, bastava colocar ela na faixa para ela dormir tranquila. Acho porque sente o coração batendo e lembra das sensações de quando estava na barriga… Mas no fim, é tudo uma questão de provar e experimentar. O que funciona para uma criança pode não funcionar para a outra…
@Flavia
Ah, obrigada pela dica! Bem, eu começo a pensar a aposentar o meu carrinho do trio agora. Eu comprei agora um novo carrinho desse guarda-chuva, mas ainda estou aprendendo a abri-lo e fechá-lo. Minha dificuldade é que costumava fazer do carrinho um porta objetos, bolsa… Um beijo para você e obrigada pelas sugestões!
Babi
Muito bom Barbara já que no fim do ano planejamos ir a Roma com meu sobrinho que até lá terá 1 ano. Agora, cá pra nós vi o vídeo de apresentação da faixa. Na parte do recém nascido deu medinho hein?! Parece que ala vai sufocar a criança rs Tô brincando, sei que são super seguras e úteis essas faixas
bjs
Dani
Olá Barbara,
quando meu pequeno tinha 1 ano e 3 meses fomos à Buenos Aires. Ele primeiramente tinha um carrinho comum da Peg Perego daqueles que vem a cadeirinha de carro e o moisés. Logo vimos que tínhamos que comprar um carrinho estilo guarda-chuva, que fosse leve, fácil de montar e desmontar. Optamos na época pelo da Maclaren, ele até vem com uma alça grande( como se fosse de bolsa)na parte de trás do carrinho, para que quando fechado vc possa transportá-lo com comodidade e uma outra menor na lateral para caso vc quisesse transportar como se fosse uma mala. Foi ótimo, não tivemos problemas com escadas. Eu aqui no Rio até uso sozinha e desço e subo com o carrinho fechado e meu bebê no colo, de tão leve que é ele.
Quanto ao frio, quando saímos daqui do Brasil, vimos que a temperatura lá em Buenos Aires estaria bem baixa. Levamos vários casacos e manta para colocar em cima do pequeno enquanto ele estivesse no carrinho, principalmente para quando estivéssemos andando nas ruas, com aquele vento gelado. Foi quando vimos um pai com seu filho no carrinho nas ruas de B.A. usando aquela capa protetora de chuva sem estar chovendo. Percebemos que estava ali a chave para não ter que usar tantas mantas para esquentar o bebê, a capa de chuva protege do vento tb e esquenta!! Começamos a por menos casacos, tiramos a manta e colocamos a capa. Pronto, ele ficava bem quentinho (até dormia!!) e nós menos preocupados.
Foi isso, um grande beijo!!