O renomado professor Carlo Vecce, filólogo e historiador do Renascimento, revelou recentemente uma descoberta surpreendente sobre a mãe de Leonardo da Vinci. De acordo com um documento encontrado nos arquivos estatais de Florença (Archivio di Stato di Firenze), a mãe de Leonardo, chamada Caterina, era uma princesa dos Circassianos, filha do príncipe Yakob, que governava um dos reinos nas montanhas do Cáucaso. Caterina foi capturada, provavelmente pelos tártaros, e vendida como escrava aos venezianos.
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A mãe de Leonardo da Vinci não era italiana
A mãe de Leonardo da Vinci não era italiana. Essa descoberta pode mudar a nossa compreensão sobre a vida e a obra de Leonardo da Vinci, já que a nova identidade da mãe do gênio do Renascimento revela que ele era italiano apenas pela metade.
A notícia foi dada em uma coletiva de imprensa em Florença no dia 14 de março de 2023, onde Vecce apresentou seu primeiro romance, “O sorriso de Caterina: a mãe de Leonardo“. Segundo o professor, o livro é baseado em fatos reais e os nomes dos personagens são os mesmos encontrados nos manuscritos que ele consultou.
Leonardo da Vinci nasceu em 15 de abril de 1452, veja mais detalhes sobre onde nasceu Leonardo da Vinci aqui
A mãe de Leonardo da Vinci era uma princesa transformada em escrava
A mãe de Leonardo da Vinci era uma princesa transformada em escrava. Se chamava Caterina, era filha do príncipe Yakob, que governava um dos reinos nas montanhas do Cáucaso.
O documento encontrado por Vecce é uma carta de liberação assinada pelo pai de Leonardo, Piero da Vinci, notário do condado florentino. A carta, datada de 2 de novembro de 1452, cerca de seis meses após o nascimento de Leonardo, liberta Caterina, “filia Jacobi eius schiava seu serva de partibus Circassie”, a pedido da proprietária da escrava, uma certa Ginevra d’Antonio Redditi, esposa de Donato di Filippo di Salvestro Nati.

Leonardo era o filho mais velho de Piero, mas não de Caterina, porque, segundo os documentos do arquivo estatal de Florença, como as “Ricordanze” do humanista Francesco di Matteo Castellani, mostra que em 1450 Caterina já estava grávida, sendo uma ama de leite que amamentava. Ela portanto já tinha tido um outro filho ou filha antes de Leonardo.
Vecce também sugere que o notário Piero teve um caso com Caterina no Palazzo Castellani, atualmente sede do Museu Galileu, nas margens do rio Arno em Florença.
A história da mãe de Leonardo da Vinci
De acordo com a reconstrução de Carlo Vecce, a jornada de Caterina desde as montanhas do Cáucaso a levou com correntes nas mãos até Azov, antiga Tana, na foz do rio Don, de onde foi transportada pelo Mar Negro para Constantinopla em 1439.
Lá, ela foi vendida para comerciantes venezianos, que a transferiram para a lagoa de Veneza no ano seguinte, enquanto em 1442, aos cerca de 15 anos, chegou a Florença, onde trabalhou como serva e ama de leite na casa de Ginevra. Foi lá que Caterina conheceu Piero da Vinci, o notário com quem concebeu seu filho ilegítimo nascido em 15 de abril de 1452, em Anchiano, uma pequena aldeia no município de Vinci.
Essa descoberta acrescenta ainda mais mistério e complexidade à vida de Leonardo da Vinci, e nos lembra que as histórias de grandes personalidades muitas vezes contêm detalhes surpreendentes e fascinantes que só são revelados com o tempo e a pesquisa.
O fato de que a mãe de Leonardo era uma princesa circassiana que foi raptada e vendida como escrava torna a história do artista ainda mais notável e intrigante. Essa descoberta acrescenta ainda mais mistério e complexidade à vida de Leonardo da Vinci, e nos lembra que as histórias de grandes personalidades muitas vezes contêm detalhes surpreendentes e fascinantes que só são revelados com o tempo e a pesquisa.
O novo romance histórico de Carlo Vecce, “Il sorriso di Caterina. La madre di Leonardo“, oferece uma oportunidade emocionante para os leitores explorarem essa história fascinante e aprender mais sobre a vida de um dos artistas mais importantes e influentes da história.
Para aqueles interessados em seguir os passos de Leonardo da Vinci, uma visita a Florença para explorar seu território natal e aprender mais sobre sua vida e obra é altamente recomendada.
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A cidade está repleta de museus, galerias de arte e edifícios históricos que oferecem uma visão fascinante da vida e do legado do grande artista e inventor como por exemplo o Museu Leonardo da Vinci, que apresenta reproduções de suas máquinas e modelos baseados em seus desenhos, bem como a Galleria degli Uffizi, que abriga algumas de suas pinturas mais famosas, incluindo “A Anunciação” e “A Adoração dos Magos”.
O artista também viveu em Milão, onde vale a pena apreciar a beleza da “Última Ceia” realizada por Leonardo da Vinci no Cenacolo Vinciano.
Leia também: Como era Mona Lisa na vida real
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Olá Caren,
Obrigada pelo comentário e pela visita.
Exato, Leonardo da Vinci nasceu em “Anchiano”, que faz parte do “Comune di Vinci” que fica na “Città Metropolitana di Firenze”, na “Regione Toscana”.
Você já teve a oportunidade de visitar Vinci? Aqui tem um artigo para quem quer organizar uma visita até Vinci:
https://www.brasilnaitalia.net/2022/03/onde-nasceu-leonardo-da-vinci.html
De qualquer modo para evitar confusões de leitores estou atualizando a frase:
“Para aqueles interessados em seguir os passos de Leonardo da Vinci, uma visita a Florença para explorar sua cidade natal e aprender mais sobre sua vida e obra é altamente recomendada” por “território natal”.
Vale lembrar também que existem relatos que já 1469 ele morava na cidade de Florença, embora alguns estudiosos defendem que provavelmente ele já estava há mais tempo em Florença.
Depois de todas essas histórias fiquei com vontade de ler o novo livro de Carlo Vecce, e você? Vou colocar na lista de leitura deste verão…
Saudações da Toscana,
Barbara
Maravilhosa a reportagem. Só gostaria de pontuar uma coisa: Firenze não é a cidade natal de Leonardo, mas sim Vinci.
Imagina que loucura, de princesa a escrava e finalmente mãe do gênio Leonardo. Como será que ele era quando criança?
Que história! Vai ver daí surgiu o sorriso da Monalisa.