A história da Mona Lisa, a enigmática dama pintada por Leonardo da Vinci, é tão rica e multifacetada quanto as expressões que dançam no rosto da própria figura retratada.
Esta obra-prima realizada pelo artista italiano, que encontra-se agora no Museu do Louvre em Paris, carrega em suas pinceladas uma história que se estende por séculos, entrelaçada com intrigas, mitos, e uma jornada digna de um épico renascentista. Neste artigo você vai descobrir a verdadeira história da Mona Lisa.
Índice
Leonardo da Vinci, o artista italiano que pintou a Mona Lisa
Leonardo da Vinci não era apenas um pintor italiano. Ele era um estudioso, um cientista, um inventor, um engenheiro.
A história da sua vida é interessante desde seu nascimento, em 1452 no vilarejo de Vinci, na Toscana.
Só para dar uma ideia: o seu pai, Piero, um notário, não era casado com Caterina, sua mãe. Inclusive tem um livro que diz que a mãe de Leonardo teria sido uma princesa transformada em escrava, a história é tão intrigante que até virou um livro.
Essa fusão de mundos distintos em sua linhagem talvez tenha contribuído para a perspectiva única que Leonardo trouxe para todas as suas empreitadas.
A sua infância e formação, entrelaçadas com a rica tapeçaria cultural da Florença renascentista, moldaram-no em um dos maiores gênios da humanidade.
A complexidade de seu background familiar reflete-se na diversidade e profundidade de seu trabalho, que atravessa a arte, a ciência e a tecnologia.
Veja também: A Última Ceia de Leonardo Da Vinci, como visitar o Cenacolo Vinciano em Milão e outras curiosidades
A história da Mona Lisa: ela realmente existiu?
Se você está se perguntando quem era a Mona Lisa, saiba que ela realmente existiu.

A história da Mona Lisa começa com uma encomenda feita por Francesco del Giocondo, um rico mercante de seda de Florença. A cidade, no início do século XVI, estava no auge do Renascimento, um período caracterizado por um florescimento sem precedentes das artes e das ciências.
Francesco desejava um retrato de sua esposa, Lisa Gherardini, conhecida posteriormente como Monna Lisa — um termo que combina ‘Monna’, uma abreviação de ‘Madonna’, significando ‘minha senhora’, e ‘Lisa’, derivado de seu nome próprio. Em português geralmente se escreve Mona com um único “n”, mas em italiano é com dois “nn”. O quadro também é conhecido como “Gioconda”, uma referência ao sobrenome de Francesco (del Giocondo).
Leonardo da Vinci começou a pintar a Mona Lisa em 1503, e a realização da obra acabou se estendendo por vários anos. Leonardo costumava fazer várias coisas ao mesmo tempo, e relatos dizem que a obra teria sido efetivamente terminada apenas em 1513 e não teria sido entregue a Francesco del Giocondo, já que o artista a teria levado com ele durante suas viagens.
Este projeto, como muitos outros empreendidos por Leonardo, não foi apenas um trabalho de encomenda; tornou-se uma obsessão pela perfeição, permitindo-lhe explorar novas técnicas de pintura e capturar a essência da condição humana.
Como era a Mona Lisa na vida real? Veja aqui
Como a Mona Lisa foi parar na França
A história da Mona Lisa tem uma questão importantíssima para italianos e franceses: como a Mona Lisa foi parar na França?
Teria sido o próprio Leonardo da Vinci a levar o quadro da Mona Lisa para França. Isso porque em 1516 ele recebeu um convite do rei Francisco I da França para se juntar à sua corte. Assim, Leonardo se muda para o Castelo de Clos Lucé (perto de Amboise, na Val de Loire) com seus pupilos e obras.
Esta mudança de Leonardo da Vinci para França marcaria um novo capítulo na sua vida e o início da história da Mona Lisa na França.
Muitos italianos acreditam que Napoleão Bonaparte teria roubado a Mona Lisa durante suas campanhas italianas. Mas isto não é verdade porque a obra já estava na França há seculos, legalmente adquirida por Francisco I, um patrono das artes e admirador de Leonardo.
É verdade que Napoleão roubou muitas obras e tesouros da Itália, mas ele não roubou a Mona Lisa.
A Mona Lisa que tinha sido adquirida por Francisco I, rei da França, foi para o Louvre em 1665, depois para Versalhes na galeria privada de Luís XIV. Posteriormente, após a Revolução Francesa, em 1797, retorna ao Louvre, mas fica relativamente esquecida.
Finalmente, chega Napoleão, que gostava tanto do quadro que o transfere para o quarto de sua esposa Josephine, dentro do Palácio das Tulherias, para então expô-lo novamente no Louvre, após sua coroação como imperador, entre 1804-1805.
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O roubo da Mona Lisa
A história da Monna Lisa na França não seria completa sem mencionar seu desaparecimento em 1911, um evento que só serviu para aumentar sua fama e misticismo.
Na manhã de 22 de agosto de 1911, o pintor francês Louis Béroud foi ao Louvre, que estava fechado ao público como de costume às segundas-feiras, para realizar seu trabalho de copista. Seu objetivo era retratar a Mona Lisa. No entanto, ao chegar ao local onde a obra deveria estar, encontrou apenas uma parede vazia; o quadro havia desaparecido.

Este momento foi detalhado em um artigo do Le Figaro, publicado em 23 de agosto.

A princípio, o sargento Poupardin, alertado por Béroud, pensou que a Mona Lisa pudesse ter sido levada para o estúdio fotográfico Braun, fornecedor do Louvre e autorizado a transportar obras para fotografá-las fora do horário de abertura do museu ao público. Porém, a obra não estava no estúdio, e ficou claro que havia sido roubada, restando apenas a moldura e o vidro, abandonados pelo ladrão dentro do próprio Louvre.
O museu foi evacuado, todas as suas portas foram fechadas, e o pessoal convocado para os interrogatórios iniciais. Esse foi considerado o primeiro grande roubo de uma obra de arte de um museu, um verdadeiro golpe do século.
A polícia francesa começou a interrogar todos que estiveram no Louvre durante alguns trabalhos de manutenção, mas sem sucesso. Suspeitas iniciais recaíram sobre um grupo de operários vistos perto da Mona Lisa na segunda-feira, mas nada foi comprovado.
Apollinaire e Picasso também foram suspeitos (com o primeiro chegando a ser preso) por expressarem o desejo de esvaziar os museus para preenchê-los com suas próprias obras, mas era apenas uma grande falação de artistas.
As autoridades francesas chegaram a suspeitar de um golpe dos alemães, que além de tentarem tomar suas colônias na África, agora queriam roubar seus tesouros artísticos. A imprensa cobriu extensivamente o caso, e o Louvre ficou dois anos sem sua Mona Lisa, até que ela reapareceu em Florença em 1913.
A reviravolta no caso foi detalhada mais tarde pela Cronaca delle Belle Arti.
Em 24 de novembro, um antiquário florentino chamado Alfredo Geri recebeu uma carta assinada por “Leonardo V.”, oferecendo-lhe a compra da Mona Lisa.
O autor da carta expressou o desejo de que a obra retornasse à sua terra natal, especialmente a Florença, local de nascimento da figura retratada, e que um dia fosse exposta na Galeria degli Uffizi em um lugar de honra.
A carta propunha uma espécie de vingança contra o primeiro império francês, que havia saqueado muitas obras de arte da Itália.
Geri notificou o diretor dos Uffizi, Giovanni Poggi, e juntos marcaram um encontro com “Leonardo V.” no dia 11 de dezembro de 1913, na loja de Geri. Depois, se dirigiram ao hotel onde o misterioso personagem estava hospedado e onde havia escondido o quadro. Quem apareceu foi Vincenzo Peruggia, um pintor italiano que, sem conhecer a história colecionista da obra, teve a ideia de devolver à Itália o que pensava ter sido roubado por Napoleão.

Após confirmar que a obra era de fato a verdadeira Mona Lisa, as autoridades foram notificadas, e Peruggia foi preso. Durante seu interrogatório, ele contou que havia trabalhado no Louvre e conhecido bem o sistema de segurança. Escondeu-se no museu durante a noite, retirou o quadro da vitrine, enrolou-o em seu casaco e saiu sem ser notado, chegando a pegar um táxi de volta para sua pensão, onde escondeu a pintura sob a cama por 28 meses.
O julgamento ocorreu em junho de 1914 em Florença, e Peruggia foi condenado a um ano e meio de prisão, recebendo a atenuante da insanidade mental. Sua ingenuidade gerou simpatia no público, que desejava uma pena mais branda para ele.
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