O mundo não seria o mesmo hoje se essas 10 mulheres italianas não tivessem existido. Veja aqui quem são elas.

Mulheres Italianas que revolucionaram a história da humanidade

10 mulheres italianas que revolucionaram a história da humanidade

É bem mais simples fazer um elenco de pessoas que revolucionaram a história da humanidade quando pensamos a personalidades do passado.

As pessoas que estão fazendo sucesso hoje geralmente despertam sentimentos contrastantes.

Como a história ainda está sendo construída, alguns nomes de mulheres italianas podem gerar emoções positivas como admiração e inspiração ou podem provocar sentimentos negativos.

A lista das mulheres italianas que revolucionaram a história da humanidade inclui mulheres do presente e do passado. Vamos lá:

1. Samantha Cristoforetti (26/04/1977)

Mulheres italianas que viajam para o espaço temos? Claro que sim. Samantha Cristoforetti se transformou em um verdadeiro símbolo das mulheres que podem fazer tudo que sonharem, inclusive virarem astronautas!

A astronauta italiana Samantha Cristoforetti é uma das mulheres italianas que estão revolucionando a história da humanidade
A astronauta italiana Samantha Cristoforetti da Agência Espacial Europeia (ESA)

Uma mulher italiana contemporânea, Samantha Cristoforetti nasceu em Milão em 1977 e se descreve como uma leitora compulsiva, apaixonada por ciência e tecnologia, mas também na área de humanas. Gosta de aprender línguas e o seu desafio atual é o chinês. Quando tem tempo livre gosta de fazer excursões, mergulhar ou praticar yoga.

E pensar que Samantha Cristoforetti passou 200 dias no espaço entre novembro de 2014 e junho de 2015 durante a missão Futura da Agência Espacial Europeia (ESA). Em abril de 2022 ela embarcou novamente para sua segunda missão na ISS (leia aqui). Hoje é a primeira mulher europeia a viajar duas para vezes para a ISS.

Existe até uma Barbie inspirada em Samatha Cristoforetti! Clique aqui para ver!

Quem é curioso vai adorar ver os vídeos que ela compartilha como por exemplo “como dormem os astronautas no espaço”, veja abaixo:

Gosta de ler em italiano? Então compre o Diario di un’apprendista astronauta de Samantha Cristoforetti

No twitter ela é @AstroSamantha abaixo um dos tweets recentes com a equipe com a qual ela vai voltar ao espaço em breve:

Samantha é também embaixadora da UNICEF, ganhou homenagens como diplomas honoris causa da Universidade de Pavia, do Politecnico de Torino e da Vrije Universitaet de Amsterdã. Para saber mais sobre ela leia aqui.

Leia também: Mulheres tem mais dificuldade de obter emprego na Italia (apesar da melhor formação)

2.Paola Cortellesi (24/11/1973)

Paola Cortellesi é uma renomada atriz e diretora italiana. Recentemente ela ganhou destaque e reconhecimento significativos com o seu filme “C’è ancora domani“, lançado em 2023.

Este filme, que marca o seu debut como diretora, rapidamente se tornou um grande sucesso, tanto em termos de bilheteria quanto de crítica. “C’è ancora domani” ultrapassou expectativas e se estabeleceu como um dos filmes mais assistidos na Itália em 2023. .

O sucesso do filme foi amplamente celebrado, não apenas pela bilheteria impressionante, mas também pela aclamação que recebeu em festivais e premiações. “C’è ancora domani” conquistou três prêmios na Festa del Cinema de Roma, incluindo o prêmio do público, o prêmio especial da júri e a menção especial para melhor obra prima. Além disso, Cortellesi, como atriz e diretora, foi elogiada pela forma como abordou temas emocionantes e universais em seu filme, recebendo reações positivas nas redes sociais e no meio artístico.

Mas este não foi o único momento em que a diretora e atriz tocou no assunto sobre o papel da mulher na sociedade. Abaixo compartilho um monólogo realizado pela atriz italiana Paola Cortelesi para o David de Donatelo de 2018:

Parabéns, Paola!

3. Fabiola Gianotti (1960)

Você já ouviu falar no Bóson de Higgs, que já foi descrito como “a partícula de Deus”? E o que isso tem a ver com Fabiola Gianotti? Tudo!

Fabiola Gianotti é uma pesquisadora italiana que já participou de vários projetos importantes. O mais famoso foi o experimento “Atlas”, do qual foi coordenadora internacional de 2009 a 2013, conhecido por fornecer os dados que levaram à descoberta do bóson de Higgs que rendeu um prêmio Nobel.

“O bóson de Higgs é uma partícula muito especial: pode ser uma porta de entrada para uma nova física”, declarou com entusiasmo Gianotti na época da descoberta, acrescentando: “neste momento emocionante para a física, estar à frente do CERN é um trabalho maravilhoso […] Uma colaboração internacional composta por pesquisadores de todo o mundo, em nome da paz”.

Leia também: Acordo Brasil e CERN acelera desenvolvimento de tecnologias e indústria

Em 2012 o famoso semanário americano “Time” dedicou a capa a ela, incluindo-a como quinta no ranking na lista “Personalidade do ano” e em 2017 passou a fazer parte do Top 100 das mulheres mais poderosas do mundo listadas pela Forbes.

Imagine que Fabiola era filha de um geólogo de Asti e uma literata siciliana. Aos 7 anos se muda de Roma para Milão. Começa a estudar no “liceo classico”, uma escola humanística, mas acaba se apaixonando pela física e prossegue os estudos de Física Sub Nucleare na Università Statale di Milano.

Em 1987 entra para a equipe do CERN e de lá para cá tem descoberto coisas maravilhosas que ajudam a revolucionar o que sabemos sobre o universo. O vídeo abaixo em italiano explica com mais detalhes as conquistas de Gianotti.

4. Gae Aulenti (04/12/1927-31/10/2012)

Quem viaja pela Italia provavelmente encontrará diversas praças que homenageam Gae Aulenti, como por exemplo em Milão na área de Porta Nuova ou mesmo no sul da Italia, em um vilarejo siciliano chamado Alcamo.

O fato curioso é que muita gente não sabe que esse nome incomum, Gae, seja um nome de mulher. Na verdade Gae era a abreviação de Gaetana Emilia Aulenti.

Pois Gae Aulenti é considerada uma das mais famosas e melhores designers e arquitetas italianas no século XX. Recebeu diversos prêmios internacionais como o Premio Imperiale no Japão em 1991, foi nominada Cavaliere di gran croce dell’Ordine al merito della Repubblica italiana em 1995 e também da França Cavaliere dell’Ordine della Legion d’Onore (Francia).

A juventude de Gae Aulenti foi marcada pela 2º Guerra Mundial, que inclusive destruiu a sua escola. Talvez por isso ela tenha decidido estudar arquitetura e se formou no Politecnico de Milão em 1953. Imagine que naquela época em uma classe de 50 alunos, apenas ela e uma amiga eram mulheres. Os outros 48 estudantes eram homens.

Independente dos desafios, Gae Aulenti conseguiu construir coisas belíssimas e é uma das mulheres italianas que fizeram a história da arquitetura italiana.

gae aulenti no showroom olivetti em paris
foto de Gae Aulenti com a luminária Pipistrello no showroom da Olivetti em Paris (foto de 1967 de Marchi Rolly)

Um dos objetos de design assinados por Gae Aulenti que entraram para a história foi a luminária Pipistrello realizada em 1965 para o showroom da Olivetti em Paris e em Buenos Aires e sucessivamente produzida em série pela Martinelli Luce.

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O novo Palavela em Turim é a reinterpretação e obra de Gae Aulenti (Foto: ClaudioAgnese-AgenziaTo2006)

Gae Aulenti também construiu casas particulares, reformou e construiu edifícios públicos, estações de metrô e trem.

Em Florença o espaço externo da antiga estação Leopolda com 1100 metros quadrados foi reformado por Gae Aulenti. Entre 2003 e 2005 assinou também a reforma do PalaVela de Turim.

Abaixo um vídeo com uma despedida de Gae Aulenti em ocasião da sua morte em 2012.

5. Rita Levi-Montalcini (22/04/1909 – 30/12/2012)

Rita Levi-Montalcini foi a segunda mulher italiana da história a ganhar um Prêmio Nobel. Em 1986 ela foi homenageada com um Prêmio Nobel pela medicina graças a descoberta de uma substância do corpo que estimula e influencia o crescimento de células nervosas, possibilitando ampliar os conhecimentos sobre o mal de Alzheimer e a doença de Huntington.

O Prêmio Nobel é uma homenagem da The Nobel Foundation para reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades. Existem seis tipos de reconhecimento: Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz. O primeiro Prêmio Nobel foi concedido em 1901.

Rita Levi-Montalcini nasceu em Turim e era filha de uma família judia rica. Estudou medicina na faculdade de Turim e em 1946 foi convidada para trabalhar na Washington University em Saint Louis, nos Estados Unidos, onde viveu por 30 anos até voltar para a Italia, para a cidade de Roma onde viveria até o último dos seus 103 anos.

rita levi montalcino nobel
A premiação da italiana Rita Levi-Montalcino

Uma das frases famosas de Rita Levi-Montalcino é: “Dê educação ao seu filho e você terá uma pessoa instruída; dê educação a sua filha e você terá uma esposa, uma família e uma sociedade instruída.”.

Rita Levi-Montalcini recebeu diversas outras homenagens devido ao seu talento: foi nomeada Senatrice a Vita pelo presidente da República italiano Carlo Azeglio Ciampi. No vídeo abaixo é possível conferir a biografia de Rita Levi-Montalcini.

Quer saber mais sobre Rita Levi-Montalcini? Então leia a sua biografia oficial “Abbi il coraggio di conoscere

6. Maria Montessori (1870 – 1952)

Ainda hoje no século XXI a palavra “montessori” é sinônimo de um método de ensino adotado por milhares de escolas maternas, elementares e superiores em todo mundo. Este método, que é baseado na liberdade e desenvolvimento do potencial das crianças, nasce com Maria Montessori.

Maria Montessori1913
Foto de Maria Montessori em 1913, quando ela tinha 43 anos

Maria Tecla Artemisia Montessori, conhecida simplesmente como “Maria Montessori” nasceu a poucos quilômetros de Ancona, no estado das Marcas (em italiano, Marche). A cidade se chama Chiaravalle e na Piazza Mazzini, 10, sua casa natal, existe hoje um museu dedicado a essa grande personalidade da Educação.

Montessori foi a terceira mulher italiana a obter um diploma de medicina na Italia e é uma das famosas personalidades que estudaram na Università La Sapienza de Roma.

Maria Montessori também lutava pela emancipação das mulheres. Ela participou do Congresso das Mulheres de Berlim em 1896 como representante da Itália. Um de seus discursos sobre o direito à igualdade salarial entre mulheres e homens ficou famoso.

Sua carreira acabou aproximando-a da Educação e em 1904 começou a trabalhar dando aulas de antropologia e com a organização educativa dos jardins de infância. Em 1907, os barões Alice e Leopoldo Franchetti contribuíram para a abertura da primeira Casa da Criança em Roma e decidiram apoiá-la concretamente convidando-a a hospedar-se na Villa Montesca no verão de 1909.

A pedido dos Franchetti, Montessori escreveu o que mais tarde se tornaria a primeira edição de seu famoso Método, dedicando a obra ao casal. No mesmo período realizou também o primeiro curso de formação de professores sobre o método Montessori no Palazzo Alberti-Tomassini, sede do laboratório Tela Umbra em Città di Castello. Na sequência deste percurso, a Baronesa Franchetti inaugurou uma “Casa da Criança” na Villa Montesca.

O seu método chega também nos Estados Unidos, e em 1913 o New York Tribune a apresenta como “the most interesting woman of Europe” (a mulher mais interessante da Europa).

Maria Montessori morreu em 1952, na cidade de Noordwijk, na Holanda.

Em 2020 a revista Time insere Montessori entre as 100 mulheres mais importantes e influentes do último século.

7. Anna Maria Luisa de’ Medici (11/08/1667 – 18/02/1743)

Anna Maria Luisa de’ Medici foi a mulher que mudou o destino de Florença.

Anna Maria Luisa Medici
Anna Maria Luisa de’ Medici em obra de Antonio Franci realizada entre 1682-1683

Para dar uma ideia da sua importância na cidade de Florença, todos os anos a cidade organiza aberturas gratuitas e eventos especiais no dia 18 de fevereiro, dia da morte da chamada “Elettrice Palatina“.

Mas por que Anna Maria Luisa de’ Medici foi tão importante para Florença? Porque ela amava Florença mais do que qualquer coisa e demonstrou isso com o famoso “Pacto de Família”.

Como era uso da época, ela foi obrigada a se casar com o herdeiro da Sassonia, e assim fez um casamento por procuração com Giovanni Guglielmo. O casal não teve filhos.

Teoricamente toda a riqueza e herança do patrimônio dos Médici teria ido para o exterior não fosse a sua perspicácia em especificar no seu Pacto de Família, assinado em Viena em 1737, que como legítima herdeira de todo o patrimônio da família Médici ela deixava toda a sua riqueza para a Toscana e que este patrimônio não poderia ser levado para fora do território toscano.

Anna Maria Luisa de’ Medici especificou que a sua herança deveria ser usada para chamar atenção do público e dos estrangeiros na Toscana. Entre os bens que deixava para o estado italiano existiam quadros de grandes artistas, joias, pedras preciosas, tapeçarias, livros, coleção de antiguidades etruscas e egípcias, cerâmicas, esculturas, pratarias. Um tesouro que ainda hoje pode ser visitado pelos turistas na Toscana que vem do mundo inteiro apreciar a beleza e arte.

Leia mais aqui sobre A Última Herdeira Medici

8. Artemisia Gentileschi (1593-1656)

Nascida em Roma, Artemisia Gentileschi foi uma das primeiras artistas italianas a obter reconhecimento equivalente ao seus companheiros homens.

artemisia gentileschi
Artemisia Gentileschi em um autoretrato chamado “Autoritratto come allegoria della Pittura” realizado entre 1638-1639 atualmente parte da Royal Collection

Naquela época as mulheres estavam mais para musas inspiradoras ou assistentes do que para artistas. Mas Artemisia Gentileschi foi uma das mulheres a romper com essas regras.

A ligação dela com a pintura começa quando ela era adolescente: ela fica órfã de mãe em 1605 e foi provavelmente neste período que se aproximou ainda mais ao pai, Orazio Gentileschi, um importante pintor da época.

Orazio introduziu sua filha na prática da pintura, primeiro ensinando-a a preparar os materiais utilizados para a realização das pinturas: a moagem das cores, a extração e purificação de óleos, a embalagem dos pincéis com cerdas e pêlos de animais, a preparação das telas e a redução de pó dos pigmentos foram habilidades que a menina metabolizou nos primeiros anos.

Adquirida uma certa familiaridade com as ferramentas do ofício, Artemisia aperfeiçoou suas habilidades sobretudo copiando as xilogravuras e pinturas que seu pai tinha em mãos – não era incomum que os ateliês da época tivessem gravuras de personagens como Marcantonio Raimondi e Albrecht Dürer – e, ao mesmo tempo, substituiu sua mãe já falecida nas várias responsabilidades da gestão familiar, desde a administração da casa e alimentação até a guarda de seus três irmãos mais novos.

Artemisia recebeu estímulos importantes também da vibrante cena artística romana: um importante conhecimento da pintura de Caravaggio, artista que surpreendera o público ao criar as escandalosas pinturas da capela Contarelli de San Luigi dei Francesi, inaugurada em 1600, quando Artemisia tinha apenas sete anos.

A cada dia Artemisia Gentileschi se tornava uma artista mais bem preparada. Até que o pai, pensando em fazer coisa boa para a filha, chamou o pintor Agostino Tassi, reconhecido pela perspectiva trompe-l’œil, para ensinar a técnica a Artemisia. Foi então que aconteceu um grande escândalo da época: Agostino estupra Artemisia Gentileschi.

O estupro ocorreu na casa dos Gentileschi na via della Croce, com a complacência de Cosimo Quorli, intendente da câmara apostólica, e de uma certa Tuzia, uma vizinha que, na ausência de Orazio, costumava cuidar da menina. Artemisia descreveu o evento com palavras terríveis.

Depois de um processo tortuoso, em 27 de novembro de 1612 as autoridades judiciárias condenaram Agostino Tassi. Apesar de Gentileschi ter ganho o julgamento sua integridade em Roma foi completamente prejudicada.

Para reparar a reputação de Artemisia, fizeram o que era comum na época: um casamento arranjado. E assim dois dias após o processo, Artemisia se casa com Pierantonio Stiattesi, um pintor de modesta reputação. Poucas semanas depois o casal se muda para Florença.

Florença vivia na época um período de viva efervescência artística, sobretudo graças à política iluminante de Cosimo II, um governante habilidoso que também se interessava por música, poesia, ciência e pintura, revelando um gosto contagiante em particular para o naturalismo de Caravaggio.

Artemisia Gentileschi foi introduzida na corte de Cosimo II por seu tio Aurelio Lomi, irmão de Orazio e, assim que desembarcou no ambiente Medici, usou suas melhores energias para reunir em torno de si as inteligências mais vivas culturalmente, as inteligências mais abertas , tecendo uma densa rede de relações e trocas. Entre seus amigos florentinos estavam as personalidades mais eminentes da época, incluindo Galileu Galilei, com quem manteve uma extensa correspondência, e Michelangelo Buonarroti, o jovem, sobrinho do famoso artista.

A trajetória da artista inclui ainda um retorno a sua cidade natal, Roma, seguida de uma temporada em Veneza, depois Nápoles e até Londres. Ao longo da sua carreira produziu quadros que ainda hoje estão nos museus mais famosos do mundo.

Vai visitar Florença? Então confira uma das obras mais famosas de Artemisia Gentileschi na Galleria degli Uffizi.

9. Matilde di Canossa (1046 – 1115)

Em plena Idade Média na Italia uma mulher entrou para a história graças ao seu poder e potência. Foi Matilde di Canossa, que comandou em uma época em que as mulheres eram consideradas de baixo escalão.

Matilde di Canossa
Representação de Matilde di Canossa

Matilde di Canossa chegou a dominar todos os territórios da Itália a partir do norte do Estado Pontifício (Roma). Sob seu comando, o domínio Canossa atingiu sua extensão máxima.

Canossa viveu em um período caracterizado por batalhas frequentes, intrigas e traições. Soube demonstrar uma força extraordinária suportando também grandes dores e humilhações. Sua fé na Igreja da época lhe rendeu a admiração e o profundo respeito de todos os seus súditos.

Para saber mais sobre Matilde Canossa leia aqui ou assista o vídeo abaixo em italiano.

10. Ortensia (42 a.C.)

Vamos fazer uma viagem no túnel do tempo diretamente para o final da Repubblica Romana. Imagine que Jesus Cristo só nasceria 42 anos depois. Faz tempo, hein?

Mais de dois mil anos depois podemos celebrar esta mulher chamada Ortensia (em português Hortênsia) que entrou para a história como uma oradora de talento.

Ortensia ficou particularmente conhecida por fazer um discurso na frente dos membros do Segundo Triunvirato em 42 a.C.., que resultou na revogação parcial de um imposto sobre as mulheres ricas da Roma antiga.

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O discurso de Ortensia em frente dos membros do Segundo Triunvirato

Em 42 a.C., sob o comando de Caio Julio Cesar Octaviano, Marco Emílio Lépido, e Marco Antônio, Roma estava em guerra contra os assassinos de Júlio César (Décimo Júnio Bruto Albino, Marco Júnio Bruto, o Jovem e Caio Cássio Longino). Para financiar a guerra em curso, os membros do triunvirato recorreram a venda da propriedade dos cidadãos ricos executados por proscrição. No entanto, essa fonte de receita, não se mostrou lucrativa o suficiente, e os três membros do triunvirato decidiram colocar um imposto sobre as 1400 mulheres mais ricas de Roma.

As mulheres, indignadas por terem sido tributadas para uma guerra que não tinha controle, escolheram Ortensia para levar suas preocupações aos triúnviros .(Durante a guerra as mulheres foram autorizadas a quebrar a tradição e a discursar em público.) Juntamente com um grande grupo de cidadãos interessados, as mulheres marcharam para o Fórum Romano, onde Ortensia fez o seu famoso discurso. O historiador grego do século II, Apiano documentou o discurso de Ortensia.

Ortensia também questionou como poderiam taxar as mulheres, mas excluir-las dos cargos públicos. Apiano citou Hortênsia, afirmando: “Por que devemos pagar impostos quando não compartilhamos dos escritórios, honras, comandos militares, pelo qual vocês lutam entre vocês, mesmos com resultados tão prejudiciais?”

Ortensia teve a sorte de crescer em família rica. Era membro da aristocracia e teve acesso a literatura grega e a literatura latina, desde jovem. Mais tarde ela se concentrou no estudo da retórica , lendo discursos dos mesmos gostos de seu pai e de oradores gregos de destaque.

O vídeo abaixo conta um pouco o cenário histórico em que viveu Ortensia.


Leia também: 500 anos do nascimento de Eleonora di Toledo, duquesa de Florença

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Barbara Bueno - brasilnaitalia
Barbara Bueno é uma jornalista brasileira que mora em Florença desde março de 2005. Foi para a Toscana em busca das suas origens italianas. Em janeiro de 2007 criou o blog BRASIL NA ITALIA. Já trabalhou como content manager para a Regione Toscana, obteve habilitação como assistente turística e foi proprietária de agência de viagem na Italia (até chegar a pandemia...). Hoje se interessa por criptomoedas e voltou a fazer o que mais gosta: buscar novidades, visitar lugares interessantes e escrever! Se você tem uma dúvida sobre a Italia visite a seção Dúvidas sobre a Italia.

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